CINVESTEC prevê crescimento do PIB de Angola em 2022
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O Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada de Angola (CINVESTEC) prevê crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em 2022, se os preços das principais exportações (crude, gás e diamantes) se mantiverem nos níveis actuais e a produção conservar tendência de estabilidade, no Relatório Anual de 2021, recentemente divulgado, em Luanda.
De acordo com o relatório apresentado pelo director do CINVESTEC, Heitor Carvalho, o crescimento dos rendimentos das exportações, mesmo que afecte o Estado e as petrolíferas irá transmitir-se ao resto dos agentes económicos. “Sobretudo a falta de acção do Banco Nacional de Angola (BNA) sobre a taxa de câmbio irá baixar o preço das importações, afectando toda a economia”.
O documento aponta ainda que há condições para a redução da inflação, crescimento da produção interna e das exportações.
A base deste crescimento, acrescenta o relatório, é pouco segura, fixando-se sobre os rendimentos petrolíferos e o principal mecanismo de transmissão à economia e a redução da taxa de câmbio com efeito imediato sobre o preço das importações.
Se os custos internos se mantém, mas os preços importados descem, o documento aponta que os produtores vão tentar manter a competitividade, buscando mais matérias-primas importadas e os comerciantes tenderão a comprar produtos importados.
“A estrutura da produção interna que estava a começar a se integrar, tenderá a voltar-se para a importação. A descida de preços não é um mal, sobretudo num país com uma taxa de pobreza absoluta”.
Ser um país fortemente importador também não é um mal em si, alerta o relatório do CINVESTEC. Se fossemos um país aberto, que importasse e exportasse muito, com elevada produtividade e atraísse muitos capitais externos, até poderia ser positivo.
Por tal facto, refere o estudo citado, a taxa de câmbio, deixada livremente ao mercado, depende do fluxo de divisas do sector petrolífero.
“A taxa de câmbio está a descer, não porque as quantidades exportadas estejam a crescer ou a diversificar, menos ainda porque a produtividade esteja a subir, mas porque a crise político-sanitária internacional se transformou numa crise político-militar que fez disparar os preços do crude, gás e diamantes.
Numa primeira fase, aponta o relatório, os preços dos produtos importados irão baixar, mas os negócios nacionais importarão mais matérias-primas e, com isso, baixarão também os preços. Haverá mais negócios suportados por preços mais baratos e os rendimentos irão crescer.
O documento mostra que com o crescimento dos rendimentos e havendo facilidade em suportar a procura com uma oferta fácil, baseada na importação, crescerá o consumo, o PIB e a economia atrairá novos negócios.
Se a conjuntura internacional mudar e os preços descerem, alerta o estudo, a capacidade de importação de Angola desaparecerá e a taxa de câmbio começará a subir.
“Como a estrutura da produção se voltou para a importação, os negócios sem alternativas para manter os preços, começarão a declinar e, com eles, os rendimentos, pressionando ainda mais a taxa de câmbio e reduzindo a produção interna. Segundo o CINVESTEC foi isso que aconteceu em 2015”.
Com a actual política cambial, que é apoiada pelas instituições internacionais, haverá um interessante crescimento pelo menos no primeiro semestre de 2022. Mas, o potencial para uma recessão está também a ser criado a ritmo acelerado.
O CINVESTEC, defende a necessidade de subir a taxa de juro e estudar rapidamente o problema para se conhecer o nível da taxa de câmbio que a produtividade nacional pode sustentar.
É igualmente necessário, ilustra o relatório, continuar a actuar sobre o mercado de forma que a taxa de câmbio se estabilize no valor correspondente a esterilização do efeito da conjuntura internacional (subida dos preços do petróleo e dos preços da generalidade dos produtos devido a ruptura das cadeias de abastecimento).
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