Cimeira da NATO. Começam conversações com Turquia sobre adesão da Suécia e Finlândia
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Entre quarta e quinta-feira, 29 e 30 de junho, decorre a cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), no contexto da invasão russa da Ucrânia e na qual se prevê uma atualização do conceito estratégico definido para a última década. Para os próximos dias está em cima da mesa também a candidatura da Suécia e da Finlândia para se juntarem à Aliança do Atlântico Norte, a qual tem visto entraves por parte da Turquia.
Esta terça-feira, a horas de se dar início à cimeira na capital espanhola, vão decorrer reuniões para tentar ultrapassar o veto turco, embora se preveja que a tarefa não seja fácil, uma vez que Recep Tayyip Erdogan se tem manifestado irredutível devido ao apoio nórdico ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que a Turquia qualifica de organização terrorista.
“Vamos encontrar-nos hoje com a primeira-ministra da Suécia, o presidente da Finlândia e o secretário-geral da NATO”, afirmou esta terça-feira Erdogan, citado pela Reuters.
“Queremos resultados, não palavras vazias”.
A principal expectativa turca para esta cimeira, segundo o chefe de Estado turco, “é a solidariedade incondicional que [a NATO] pode mostrar”.
“Pertencemos à Aliança Atlântica há 70 anos, a Turquia não é membro da NATO por acaso”, insistiu. “Se a Suécia e a Finlândia se tornarem membros da NATO, têm de ter em conta as preocupações da Turquia, não pode ser de outra forma”.
Suécia, Finlândia e Turquia reúnem-se no arranque da cimeira de Madrid
Em maio, a Turquia anunciou bloquear as candidaturas sueca e finlandesa à adesão à NATO e espera-se, agora, que a questão seja um dos destaques da cimeira de Madrid. Nas últimas semanas, têm decorrido negociações para tentar ultrapassar o veto turco, mas Stoltenberg afirmou na segunda-feira, em Bruxelas, que não podia fazer promessas em relação a um desfecho esta semana, pelo que se limitou a dizer que espera “progressos”.
Recorde-se que a Turquia acusa a Suécia de albergar militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização que Ancara considera terrorista. Além disso, Ancara exige o levantamento dos bloqueios à exportação de armas por Estocolmo e Helsínquia após a intervenção militar da Turquia no norte da Síria em outubro de 2019, o endurecimento da legislação antiterrorista sueca e a extradição de várias pessoas que descreve como terroristas.
Na segunda-feira à noite, o presidente turco declarou que a Turquia vai mostrar “documentos e imagens que provam a hipocrisia dos nossos interlocutores em relação às organizações terroristas curdas, como o PKK, o YPG e o FETO (grupo Gülen)”.
“Condenamos veementemente o terrorismo e consideramos o PKK uma organização terrorista”, disse a primeira-ministra Magdalena Andersson também na segunda-feira à noite, após uma reunião na sede da NATO em Bruxelas com o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg.
Nas palavras da chefe do Governo sueco, Estocolmo aplicou “legislação contra o financiamento do terrorismo, novas leis para criminalizar a participação em organizações terroristas, a avaliação dos pedidos de extradição apresentados por Ancara e a promessa de não ser um refúgio para terroristas”.
“Espero muito que este diálogo possa ser concluído com sucesso num futuro próximo, idealmente antes da cimeira”, acrescentou Andersson, numa conferência de imprensa.
No mesmo sentido, Stoltenberg reforçou que a Suécia tomou “medidas concretas para responder à Turquia”, as quais “constituem uma mudança de paradigma diante da ameaça terrorista”.
Cimeira começa amanhã
As comitivas chegam já esta terça-feira, na sua maioria, à capital espanhola, e antes do início dos trabalhos oficiais da cimeira, na quarta-feira, vão reunir-se num jantar de gala, oferecido pelo Rei Felipe VI. Durante o dia, Stoltenberg e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anfitrião do encontro, vão visitar o espaço da Feira de Madrid (Ifema), onde decorrerá a cimeira.
O secretário-geral da NATO fará ainda a abertura de um fórum dedicado à cimeira, um evento paralelo ao do encontro organizado pelo ‘think thank’ espanhol Real Instituto El cano.
Ao longo do dia, Sánchez recebe na sede do Governo espanhol, a Moncloa, alguns dos seus homólogos, todos de países que não fazem parte da União Europeia: Estados Unidos (Joe Biden), Austrália (Anthony Albanese), Nova Zelândia (Jacinda Ardern) e Islândia (Katrín Jakobsdóttir).
Os trabalhos da cimeira arrancam na quarta-feira e prolongam-se por dois dias, durante os quais a NATO vai adotar um novo Conceito Estratégico, dcocumento que define as suas prioridades para a próxima década e que, segundo Stoltenberg, deverá defnir a Rússia como a maior e mais direta ameaça aos países da aliança militar.
Em Madrid deverão também ser aprovados reforços das forças da aliança no leste europeu e das tropas de alta prontidão, naquela que constituirá “a maior revisão” da estratégia “de dissuasão e defesa coletiva” da NATO desde a Guerra Fria.
Será ainda aprovado um novo pacote de ajuda à Ucrânia e também Geórgia, Bósnia e Moldova terão novos planos de ajuda da NATO.
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